Pensamento de Honório Abreu - Sobre Caim e Abel




Dissertação baseada nos estudos de Honório Abreu sobre o quarto capítulo do livro Gênesis.
Por Cláudio Fajardo

Nos capítulos anteriores de Gênesis, estudamos a simbologia dos personagens Adão e Eva como grupos de espíritos que encarnaram na Terra vindos de Capela, devido às suas transgressões no planeta de origem. Neste quarto capítulo, somos apresentados a mais dois personagens: Caim e Abel. Dentro da simbologia do Antigo Testamento, segundo o pensamento de Honório Abreu, podemos interpretá-los de duas formas:
  1. Componentes internos: Caim representa nosso subconsciente, onde estão armazenadas experiências menos felizes de vidas passadas. Abel simboliza nosso superconsciente, a meta de evolução espiritual que devemos alcançar.
  2. Grupos de espíritos: Caim e Abel representam dois grupos distintos de espíritos encarnados na Terra, vindos de Capela. Caim simboliza os espíritos mais resistentes ao erro e às transgressões à Lei de Deus, enquanto Abel representa os espíritos mais evoluídos que vieram à Terra em missão para ajudar os autóctones e os deportados mais comprometidos.
Análise do Capítulo 4 de Gênesis
Honório Abreu destaca a polarização entre Caim e Abel, relacionando-os à evolução moral e espiritual dos espíritos. Ele destaca o momento em que Caim trouxe uma oferta ao Senhor, que foi rejeitada, enquanto a oferta de Abel foi aceita. Segundo Abreu, isso simboliza a internalização dos valores espirituais e morais pelos personagens e, por extensão, pelos espíritos que representam.
Oferta de Caim
Caim trouxe uma oferta do fruto da terra. Segundo Abreu, essa oferta simboliza os esforços e conquistas puramente materiais, focadas no âmbito físico e egoístico. Caim representa a resistência às leis divinas e aos princípios superiores de amor e caridade. Sua oferta é rejeitada, refletindo uma falta de elevação espiritual e uma mentalidade centrada nos interesses imediatos e pessoais. Abreu vê isso como uma expressão da culpa e do remorso que carregamos por nossas ações mal direcionadas.
Oferta de Abel
Abel, por outro lado, trouxe os primogênitos das suas ovelhas, uma oferta de maior valor espiritual. Esta oferta simboliza a entrega dos melhores frutos de seu trabalho, um ato de devoção sincera e altruísta. Abel representa os espíritos mais evoluídos que estão alinhados com as leis divinas e com uma missão de amor e auxílio ao próximo. A aceitação da oferta de Abel é um reconhecimento de seu alinhamento com os princípios superiores de evolução espiritual e sua dedicação a um propósito mais elevado.
Simbolismo e Reflexão
Abreu utiliza a narrativa para ilustrar a luta interna entre nossas aspirações espirituais (Abel) e nossas tendências materialistas e egocêntricas (Caim). A história serve como uma metáfora para a nossa própria evolução espiritual, onde devemos aprender a superar nossos impulsos inferiores e nos alinhar com os valores divinos.
Aspectos Psíquicos e Evolutivos
Abreu analisa a relação entre os componentes internos e externos dos personagens. Caim está relacionado às forças inferiores da criação, o que culmina em um estado de culpa e remorso, refletido na expressão "descaiu-lhe o semblante". Isso simboliza a consciência culpada que percebe a inadequação de suas ações. Já Abel, representando o superconsciente, se alinha à misericórdia divina e à meta evolutiva do espírito.
Honório Abreu aprofunda a análise das ofertas, destacando a importância de uma espiritualidade genuína e altruísta em contraste com o materialismo e o egoísmo. A narrativa de Caim e Abel é usada para ilustrar a necessidade de transcendermos nossas limitações e buscarmos uma conexão mais profunda com os princípios divinos.
As lições morais da narrativa de Caim e Abel são profundas e oferecem várias reflexões:
1. Consequências das Ações e Intenções
A aceitação da oferta de Abel e a rejeição da oferta de Caim nos ensinam que não é só o ato em si que importa, mas a intenção e a dedicação por trás dele. Abel trouxe o melhor que tinha, simbolizando uma oferta genuína e desinteressada, enquanto Caim trouxe uma oferta material, sem o mesmo nível de dedicação e espiritualidade.
2. Inveja e Ressentimento
A história mostra como a inveja pode ser destrutiva. A rejeição da oferta de Caim levou à inveja e ao ressentimento em relação a Abel, culminando no ato de violência. Isso ilustra como sentimentos negativos podem levar a ações extremas e prejudiciais.
3. Responsabilidade Pessoal
Deus (representando a consciência, que é onde está grava a Lei) questiona Caim sobre sua raiva e tristeza, sugerindo que ele tem controle sobre suas ações e emoções. Isso destaca a importância da responsabilidade pessoal e do autocontrole. Nós somos responsáveis por nossas reações aos eventos da vida.
4. Livre-Arbítrio e Consequências
A narrativa sublinha o conceito de livre-arbítrio, onde Caim tinha a escolha de dominar seus impulsos negativos. Ele foi advertido de que o pecado estava à porta, mas ele ainda podia escolher agir de outra forma. Isso enfatiza que, embora possamos enfrentar tentações, somos capazes de escolher nosso caminho.
5. A Busca pela Superação
A visão de Honório Abreu sobre a história de Caim e Abel é rica em interpretações que relacionam a narrativa com lições de evolução pessoal e espiritual. Honório destaca a importância do aprendizado contínuo e da superação dos próprios erros, mesmo que esses erros tenham sido graves. Ele argumenta que, ao cometer erros, o ser humano passa por um processo de amadurecimento e evolução. A história de Caim ilustra que, mesmo após um erro tão grave quanto o assassinato de seu irmão Abel, existe a possibilidade de redenção. Deus coloca um sinal em Caim para protegê-lo, o que pode ser visto como uma metáfora para a proteção divina que permite ao indivíduo tempo e oportunidades para refletir, aprender e melhorar.
Honório Abreu também menciona que, para alcançar a recomposição da própria consciência, é essencial encarar as dificuldades como oportunidades de crescimento. A vigilância constante e o trabalho no bem são fundamentais para transformar os valores negativos em instrumentos de evolução. Honório nos convida a sermos compassivos conosco mesmos, reconhecendo nossos erros, mas também nos dedicando à transformação positiva.
Honório Abreu também sugere que esses sinais podem se manifestar de várias maneiras, incluindo impedimentos físicos, psíquicos e de outras ordens. Esses desafios, longe de serem punições, são considerados oportunidades para o espírito se recompor e reavaliar sua trajetória.
De acordo com a doutrina espírita, as dificuldades que enfrentamos em uma encarnação são frequentemente oportunidades para corrigir erros do passado e promover a evolução espiritual. Essas dificuldades podem variar desde problemas de saúde até desafios emocionais e situações de vida complicadas. São vistas como instrumentos de aprendizado e crescimento, proporcionando ao espírito a chance de desenvolver virtudes como paciência, resiliência, amor e compaixão.
Honório enfatiza que a vida é uma série de experiências destinadas a nos ajudar a alcançar um estado de equilíbrio e harmonia. A reencarnação, com seus obstáculos e desafios, é uma parte fundamental desse processo.
Encarnação e Redenção
A ideia de que as dificuldades físicas, psíquicas ou impedimentos nesta encarnação possam servir como forma de recomposição da consciência está alinhada com a visão de que a vida é uma escola. Cada encarnação oferece oportunidades para corrigir erros passados, aprender lições importantes e evoluir espiritualmente. A redenção não está limitada apenas a esta vida e nem obtida sem enfrentar desafios.
Portanto, de acordo com os ensinamentos de Honório Abreu, a busca pela superação envolve um compromisso contínuo com o aprendizado e a melhoria. As dificuldades que enfrentamos, seja nesta ou em outras encarnações, são reflexos de nossas imprudências e irreflexões.
Lições Morais da Narrativa
  1. Consequências das Ações: As intenções e os esforços sinceros são valorizados mais do que as ações materialistas e egoístas.
  2. Inveja e Ressentimento: São sentimentos destrutivos que podem levar a atos extremos. A narrativa mostra a importância de superá-los.
  3. Responsabilidade Pessoal: Enfatiza a importância do autocontrole e da responsabilidade por nossas ações e emoções.
  4. Livre-Arbítrio e Consequências: Destaca a capacidade de escolher nosso caminho e as consequências de nossas escolhas.
  5. Busca pela Superação: Mostra que sempre há oportunidades para redenção e aprendizado, mesmo após erros graves.
  6. Importância da Espiritualidade: Demonstra que a verdadeira espiritualidade está na sinceridade e pureza do coração.
Aplicações Modernas das Lições
  1. Consequências das Ações: No trabalho e na vida pessoal, a qualidade e a sinceridade do nosso esforço são recompensadas.
  2. Inveja e Ressentimento: Transformar esses sentimentos em admiração e inspiração para melhorar.
  3. Responsabilidade Pessoal: Essencial para o crescimento pessoal e a construção de relacionamentos saudáveis.
  4. Livre-Arbítrio e Consequências: Nossas decisões moldam nosso destino.
  5. Busca pela Superação: Oportunidade de desenvolvimento pessoal através da educação, terapia e autoconhecimento.
  6. Importância da Espiritualidade e Valores Éticos: Viver com integridade e sinceridade em todas as áreas da vida.
O pensamento de Honório Abreu sobre Caim e Abel nos oferece uma visão profunda e simbólica, destacando a importância da evolução espiritual e moral, e como essas lições se aplicam na vida moderna. Ao interpretar esses personagens como representações de forças internas e grupos de espíritos, Abreu nos convida a refletir sobre nossa própria jornada de crescimento e superação.
A Serpente e os Espíritos Recalcitrantes
De acordo com Honório Abreu, no capítulo anterior do Gênesis, a serpente simboliza um grupo de espíritos que não desejava encarnar na Terra. Esses espíritos preferiam influenciar os humanos diretamente do plano espiritual, utilizando a mediunidade negativa para influenciar Eva, que era mais sensível. Este grupo se recusava a passar pelas experiências e aprendizados oferecidos pela encarnação no plano físico, preferindo manter um controle indireto.
O Papel de Eva
Eva, por ser mais sensível e receptiva, tornou-se um canal para as influências desse grupo de espíritos. Este ponto destaca a vulnerabilidade humana às influências espirituais negativas, especialmente quando não há discernimento e vigilância adequados.
A Encarnação da Serpente como Caim
No quarto capítulo de Gênesis, segundo Honório Abreu, a serpente é traída pela situação e acaba reencarnando como Caim. Isso simboliza que aqueles espíritos que inicialmente resistiram à encarnação foram compelidos a experimentar a vida na Terra devido às suas próprias ações negativas. Caim, portanto, é a encarnação desses espíritos recalcitrantes, refletindo a resistência e rebeldia que tinham contra a Lei Divina.
  • Prova Bíblica de Que Caim é a Encarnação da Serpente
  • Jesus disse aos fariseus: "Vós tendes por pai, o diabo. Ele foi homicida desde o princípio" (João, 8: 44). Quem foi homicida desde o princípio? Caim. O diabo é descrito como a serpente, então os dois representam a mesma essência. Jesus define isso claramente.
Encarnação da Serpente e Justiça Divina
A serpente, ao reencarnar como Caim, pode ser entendida como uma consequência natural das ações negativas e do livre-arbítrio mal utilizado. A Lei Divina, justa e misericordiosa, proporciona a esses espíritos uma nova oportunidade de aprendizado e redenção através da experiência encarnatória. A reencarnação de Caim é uma forma de justiça divina, oferecendo uma nova chance de retificação e evolução.
Honório Abreu nos ensina que as histórias do Gênesis, quando interpretadas simbolicamente, revelam profundas lições espirituais e morais. A trajetória da serpente a Caim ilustra a inevitabilidade da encarnação para aqueles que resistem ao aprendizado espiritual e a necessidade de passar pelas experiências humanas para alcançar a verdadeira evolução.
Podemos ver uma relação interessante entre estes comentários sobre Caim e Abel e as obras de André Luiz psicografadas por Chico Xavier. André Luiz, em suas obras, frequentemente aborda a questão dos espíritos obsessores e suas influências sobre os encarnados.
Espíritos Obsessores e Reencarnação
Em diversas obras de André Luiz, como "Nosso Lar" e "Libertação", entre outras, o autor espiritual narra casos de espíritos obsessores que, após um tempo exercendo influência negativa sobre os encarnados, acabam reencarnando para expiar suas faltas e buscar a redenção. Esses espíritos, frequentemente, são compelidos a reencarnar devido às suas ações negativas e à necessidade de aprendizado e evolução, tendo muitas vezes como pais aqueles que foram seus obsediados.
Relação com Caim e Abel
Assim como Caim representa a encarnação de espíritos recalcitrantes que resistiram à Lei Divina, os espíritos obsessores descritos por André Luiz também passam por um processo semelhante. Eles influenciam negativamente os encarnados, mas eventualmente são chamados a reencarnar para enfrentar as consequências de suas ações e buscar a evolução espiritual.
Exemplos nas Obras de André Luiz
  1. Nosso Lar: André Luiz descreve sua própria experiência no umbral, uma região de sofrimento e escuridão, onde muitos espíritos obsessores permanecem antes de serem resgatados e encaminhados para a reencarnação.
  2. Libertação: A obra aborda a história de Gregório, um espírito obsessor que, após um longo período de influência negativa, é levado a reencarnar para expiar suas faltas e buscar a redenção.
As obras de André Luiz, psicografadas por Chico Xavier, oferecem uma visão detalhada e profunda sobre a influência dos espíritos obsessores e seu processo de reencarnação. Essa perspectiva complementa a interpretação simbólica de Caim e Abel, mostrando como a justiça divina proporciona oportunidades de aprendizado e evolução para todos os espíritos, independentemente de suas ações passadas.
Caso de Segismundo em "Missionários da Luz"
Segismundo era um espírito que, devido às suas ações em vidas passadas, havia criado um laço de inimizade com Adelino, o marido, e uma forte obsessão com sua mulher chamada Raquel. Ao longo de várias existências, Segismundo havia sido um adversário tanto de Adelino quanto de Raquel. A situação chegou a um ponto crítico, e foi decidido que, para superar essa obsessão e inimizade, Segismundo deveria reencarnar como filho de Adelino e Raquel.
Processo de Planejamento Reencarnatório
O processo de reencarnação de Segismundo foi cuidadosamente planejado no plano espiritual. Os mentores espirituais, como Alexandre, trabalharam para convencer Segismundo da importância de reencarnar nessa família, a fim de resgatar os débitos do passado e transformar os vínculos de ódio em laços de amor. Foi uma difícil tarefa para Segismundo aceitar, devido ao ressentimento que ainda carregava.
Transformação e Cura
Quando Segismundo aceitou reencarnar, ele passou por um processo de adaptação e preparação no mundo espiritual. Raquel, por sua vez, também passou por um processo de sensibilização e aceitação, entendendo que receber Segismundo como filho seria uma oportunidade de evolução espiritual e reparação de vínculos do passado.
Processo de Preparação
  1. Planejamento Espiritual: Um planejamento detalhado foi feito para a reencarnação de Segismundo, que incluía o auxílio de mentores espirituais, como Alexandre.
  2. Ajustes Perispirituais: Houve uma série de ajustes no perispírito de Segismundo para prepará-lo para a nova encarnação, assegurando que ele poderia cumprir sua missão sem carregar todos os seus débitos diretamente.
  3. O Perdão e o Amor: A aceitação e o perdão de Adelino foram fundamentais para permitir a reencarnação de Segismundo. Adelino teve que superar ressentimentos profundos, facilitando a reaproximação entre eles em um novo contexto familiar.
Aspectos Relacionados ao Pensamento de Honório Abreu
Assim como Honório Abreu sugere que Caim e Abel representam aspectos internos e grupos de espíritos com missões de reencarnação na Terra, a história de Segismundo ilustra como espíritos obsessores podem ser reencarnados para resolver suas questões cármicas com aqueles a quem prejudicaram.
Simbolismo e Realidade
  1. Caim como Subconsciente: Segismundo representa uma entidade que carrega débitos do passado, em alinhamento com a simbologia de Caim, que está vinculado ao subconsciente e às experiências infelizes.
  2. Abel como Superconsciente: Adelino, que precisa perdoar e aceitar o reencarnante, pode ser visto como uma manifestação do superconsciente, buscando como meta, evolução espiritual e harmonia.
  3. Reencarnação como Ajuste e Evolução: A reencarnação de Segismundo tem uma função educadora, alinhada com a ideia de que os espíritos obsessores podem ser reencarnados para superar suas dívidas através do amor e da convivência com aqueles que prejudicaram.
Conclusão
A história de Segismundo é um exemplo poderoso de como o planejamento espiritual, a misericórdia divina e o perdão podem reverter quadros de obsessão e criar oportunidades de crescimento para todos os envolvidos. Ela reafirma a visão de que a justiça divina sempre proporciona meios de redenção e evolução para os espíritos, independentemente de seus erros passados.
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O que segue é uma opinião pessoal nossa. Não trocamos ideia com o senhor Honório sobre ela, pois ela se formou a partir de alguns estudos nossos depois da desencarnação de nosso saudoso amigo.
No livro "Libertação" de André Luiz, psicografado por Chico Xavier, ele menciona "dragões" como seres espirituais de alta hierarquia nas regiões de sofrimento e trevas. Esses espíritos não reencarnam há milênios na Terra e se dedicam a liderar e organizar grupos maiores de entidades inferiores do plano espiritual. Eles possuem grande conhecimento, poder e magnetismo pessoal, o que os torna líderes influentes e temidos.
Os "dragões" são, geralmente, espíritos com grande inteligência e capacidade, mas que utilizam esses atributos para fins negativos, manipulando e controlando outros espíritos menos evoluídos. Eles operam em regiões de sombras, mantendo uma ordem que promove o sofrimento e a obsessão. André Luiz descreve esses seres como estrategistas implacáveis, que trabalham incansavelmente para manter o poder e o controle sobre suas legiões de espíritos.
A existência desses "dragões" serve como um lembrete das consequências do uso indevido das capacidades espirituais e da necessidade contínua de purificação e evolução. Mesmo esses espíritos, apesar de seu poder, estão sujeitos às leis divinas e, em algum momento, terão que enfrentar o próprio processo de reeducação e regeneração espiritual.
A informação de André Luiz completa a interpretação de Honório Abreu. Segundo Honório, a Serpente simboliza um grupo de espíritos que não desejava encarnar na Terra. Esses espíritos preferiam influenciar os humanos diretamente do plano espiritual, utilizando a mediunidade negativa para influenciar Eva, que era mais sensível. Depois a Serpente (cap. 4 do Gênesis) reencarna. Caim é a representação deste grupamento de espíritos.
Porém, segundo André Luiz os “dragões” são espíritos que não reencarnam na Terra há milênios. Concluímos assim, que parte deste grupamento reencarnou e seguiu sua evolução. Vamos ver isto no quinto capítulo do Gênesis nas genealogias narradas, que vamos estudar posteriormente. Entretanto, parte destes espíritos não reencarnaram mesmo, tornando-se estes “dragões” informados por André Luiz.
Veja que o Apocalipse, último livro da Bíblia confirma esta tese.
 A relação entre os "dragões" mencionados por André Luiz e a antiga serpente do Apocalipse faz sentido dentro desse contexto. Esses espíritos que se recusam a reencarnar e preferem exercer poder e controle no plano espiritual se assemelham à figura do dragão, descrita como antiga serpente no Apocalipse. Eles representam espíritos que ainda não conseguiram romper com suas tendências inferiores. Estes espíritos podem ser deportados para outros planetas, conforme a transição planetária que se intensifica. É um processo de exílio para possibilitar um novo ciclo evolutivo, tanto para esses espíritos quanto para o planeta Terra, que vai se renovando e se preparando para receber espíritos mais evoluídos. Assim, alguns desses espíritos não persistiram na recusa em evoluir, ou tiveram uma encarnação compulsória e reencarnaram como Caim, mostrando que uma parte deles pôde retornar à carne para tentar se recompor e evoluir. Enquanto outros permaneceram no mundo espiritual, exercendo influência e poder, como os dragões. A expectativa é que esses espíritos recalcitrantes, que não conseguem mais encontrar espaço para suas ações na Terra, sejam direcionados para planetas onde possam reiniciar suas trajetórias evolutivas, contribuindo para a harmonia e o progresso desses novos mundos, passando sem encarnar na Terra, diretamente de Capela para outros planetas primitivos.
O que podemos aprender com essa interpretação é que o processo evolutivo é contínuo e abrange diversas dimensões e formas de existência. Espíritos como os dragões e os reencarnantes como Caim representam diferentes estágios e caminhos na jornada da evolução espiritual. A narrativa desses espíritos nos mostra que a evolução não ocorre de maneira uniforme e linear. Cada espírito segue um caminho único e enfrenta desafios específicos para superar suas imperfeições e progredir espiritualmente.
Esses espíritos que se recusam a reencarnar e preferem exercer poder e controle no plano espiritual, como os dragões descritos por André Luiz, muitas vezes acabam criando laços de influência negativa que atrasam o seu próprio progresso e o de outros espíritos. No entanto, a misericórdia divina oferece a todos os espíritos oportunidades de redenção e aprendizado, seja por meio da reencarnação, seja pela ação de mentores espirituais que trabalham incansavelmente para orientar e amparar esses espíritos.
A relação entre os "dragões" mencionados por André Luiz e a antiga serpente do Apocalipse nos lembra que, mesmo diante de grandes desafios e aparentes retrocessos, o plano maior está sempre voltado para o progresso e a harmonia universal. Espíritos que se recusam a evoluir e que exercem influência negativa acabam sendo redirecionados para contextos onde suas ações podem ser mais facilmente contidas e onde possam ter novas oportunidades de aprendizado.
A Terra, passando por essa transição planetária, está se ajustando para um novo ciclo de evolução. Espíritos que não se adaptam a essa nova realidade e que se mantêm recalcitrantes em suas atitudes negativas serão redirecionados para outros mundos em estágios mais primitivos, onde terão a chance de recomeçar e crescer de acordo com suas capacidades e necessidades espirituais.
Esse processo não é punitivo, mas educativo. É uma expressão da misericórdia divina que busca proporcionar a todos os espíritos as melhores condições para sua evolução. Aqueles que demonstram capacidade e vontade de se melhorar serão acolhidos e terão novas oportunidades de aprendizado e crescimento, seja na Terra ou em outros mundos.
A narrativa de André Luiz e a simbologia do Apocalipse nos ensinam que a evolução espiritual é um caminho repleto de desafios, mas também de infinitas oportunidades de redenção. A presença dos "dragões" e dos reencarnantes como Caim nos lembra que a misericórdia divina está sempre presente, oferecendo novas chances de recomeço e progresso, mesmo para aqueles que temporariamente se desviam de seu caminho.
Em resumo, o processo evolutivo é dinâmico e contínuo, abrangendo múltiplas dimensões de existência. Cada espírito enfrenta seus próprios desafios e oportunidades de crescimento. A transição planetária é uma fase importante desse processo, onde espíritos menos evoluídos são redirecionados para novos contextos, permitindo que a Terra avance em sua jornada de evolução espiritual, recebendo espíritos mais preparados para colaborar com seu progresso e harmonia.

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