1 – Gênesis 1: 1-10 Data da Reunião 17/05/2006 - Introdução - Honório Abreu
Iremos a partir de Hoje, semanalmente, divulgar estudos do Senhor Honório Abreu, sobre Evolução a partir dos textos do Antigo Testamento. Segue o primeiro:
Estudo bíblico evidenciando:
- Três Revelações: O texto discute as três revelações espirituais: a lei mosaica, os ensinamentos de Jesus e a doutrina dos Espíritos, destacando a importância de cada uma para a evolução espiritual.
- Espiritismo e Ciência: Enfatiza a necessidade de testar os postulados espíritas no campo experimental e científico, além do filosófico.
- Amor e Cooperação: Ressalta a importância do amor, da cooperação e da valorização do próximo para a construção de um mundo melhor.
- Autocrítica e Evolução Pessoal: Incentiva a introspecção e a autocrítica para superar mágoas e ciúmes, promovendo a edificação pessoal e coletiva.
1 – Gênesis 1: 1-10
Data da Reunião 17/05/2006
Introdução
Na reunião anterior, tivemos a oportunidade de trabalhar com muita consciência, alinhados aos padrões que marcam o novo momento da humanidade. Ou seja, se no passado trabalhávamos os campos informativos nos fundamentos da lei mosaica, com Jesus tivemos a chance de observar, através de sua própria conduta e da conduta daqueles que o seguiam de perto e após sua crucificação, as formas e posturas que cada um desses fiéis adotava em sua aprendizagem. Com o advento da doutrina dos Espíritos, começamos a entender que nosso acompanhamento nas hostes do cristianismo definiu muitas coisas importantes para nossos corações, mas também criou muitos aspectos místicos. Passamos a achar que era preciso exaltar a Deus por uma postura de submissão ao pensamento do Cristo, acreditando em privilégios por sermos cristãos, ou pelo menos simpatizantes da mensagem. Isso criou um vasto grupo de místicos e religiosos que acreditam poder aderir às propostas espirituais sem muitos compromissos operacionais na edificação de um mundo melhor, enquanto outros permaneciam indiferentes, gerando uma grande disputa ao longo dos séculos entre as propostas espirituais e a pujança da conquista científica.
Com o advento do Espiritismo, observamos que chegou o momento da testificação. Talvez nem tanto por uma descoberta pessoal profunda, mas possivelmente pela lógica do plano revelado pelo Espiritismo, em pontos como a reencarnação, a comunicabilidade dos Espíritos, a lei de evolução, as ações dos Espíritos sobre nossos pensamentos e atos, e a imortalidade da alma. É como se, por uma questão de bom senso e inteligência, aceitássemos o postulado espírita, especialmente no campo filosófico, tentando testificá-lo não apenas na ciência da alma, mas também no campo experimental dos fatos, na ciência objetiva, exterior e periférica. Isso ainda ocorre em nosso meio. Muitos espíritas discutem quem é quem, quem foi quem, preocupados em provar a realidade dos postulados do Espiritismo. Notamos que as três revelações criaram para nós um sistema logicamente acentuado para quem tem olhos de ver e ouvidos de ouvir.
Para aqueles que buscam o exterior com toda força, no campo da lógica e da racionalidade, e ao mesmo tempo são capazes de um processo introspectivo, buscando profundamente o interior, onde se encontram as bases da lógica moldada pelo próprio sentimento, no campo renovador. Trago estas palavras para que possamos deixar bem gravado em nossos corações o que aprendemos até a semana passada. Todo o sistema elaborado pelas pragas, pela ira de Deus, pelas dificuldades propostas de maneira chocante nos relatos de João no Apocalipse, pode ser transformado em uma grande oportunidade de redenção pessoal. No final do Apocalipse, tivemos dois fatores importantíssimos: "Aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro", o anjo testifica, definindo: "se alguém acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro". Então, o problema é o acrescentar. Porque acrescentar não é para os outros, é acrescentar em nossos conceitos, tentando ajustar o Evangelho ao nosso interesse. E nós já fazemos isso! Antes mesmo de terminar o Estudo do Apocalipse, citamos o Evangelho para provar que estamos certos! Quantas vezes fazemos isso! Então, isso é algo normal que já fazemos. Mas também temos uma habilidade especial de retirar algo de maneira infeliz, esquecendo que o Evangelho fala sobre isso. Só lembramos do perdão quando sentimos que alguém nos feriu! Perfeito? E às vezes, quando nós ferimos alguém. Principalmente na segunda hipótese. Porque, quando somos infelizes no trato com os outros, somos capazes até de agredir.
─ Você não está no Evangelho! Você não frequenta reunião para a gente te perdoar. Então releva o que eu te falei…
Mas, quando toca em nossas conveniências, entramos num terreno de total esquecimento. Às vezes, até arranjamos uma desculpa, mas no fundo fica a mágoa. Na reunião passada, falamos de dois elementos: o ciúme e o despeito. Mas ainda há muita mágoa circulando nos corações, pedindo edificação. É bom que nós, que costumamos esquecer dessa higienização, dessa assepsia profunda do coração, lembremos que, seja qual for o ponto ferido na sua sensibilidade, é bem provável que você encontre muitas punhaladas no coração dos outros. Pode não ter agido diretamente com a lâmina na mão, mas pode ter induzido outros corações, dizendo:
─ Você não é o maior? Vai lá e resolve o problema!
Aliás, é o crime mais complicado porque não teve coragem de pegar na lâmina ou na arma. Estou trazendo isso não para levantar um sentido de entristecimento e lutas pessoais, mas para definir que temos que tentar amar. Amar e, principalmente, realizar algo que estamos esquecendo na atualidade, com tanto conhecimento arregimentado. É que não conseguimos resolver os problemas, em nome do Criador, sozinhos! Podemos ser cooperadores! Podemos ser instrumentos disponíveis na mão de Deus! Na mão de Deus.
Agora, no campo idealístico que elegemos, não se faz sozinho! É preciso valorizar o semelhante com carinho e amor. E tentar caminhar com ele quando ele também tem ajustes no coração. Será que deu para entender? Na limitação que ele possui. E no cessar interiormente das nossas susceptibilidades, dos nossos melindres e do nosso medo de operar. Não joguemos as boas companhias para as margens do caminho! Não bobeemos! Vamos investir nos lastros positivos que eles têm. Vamos investir. Estamos falando com muito carinho porque o Grupo Emmanuel tem uma responsabilidade enorme nessa linha harmonizadora de consciência doutrinária evangélica, e vocês sabem disso. Quando falo com os outros que estudamos o Apocalipse e chegamos ao final, eles põem a mão na cabeça e dizem:
─ Todo mundo é doido nesse grupo. O que vão fazer com esse Apocalipse?
Porque uma grande massa, sem querer julgar, ainda está estudando a periferia dos registros! Então, o momento é de usar a inteligência que Deus nos deu para operar. Reúna-se com aquele companheiro ou companheira que pode ajudar na proposta edificativa! Ajudar a edificação de um mundo melhor. Os Espíritos têm insistido muito nisso! Especialmente nas reuniões mais íntimas. Quando Jesus foi crucificado e retornou à vida espiritual, enquanto reações difíceis ocorriam nas terras da Palestina, culminando no ano 70 com o abafamento da Revolução Judaica por Tito, Emmanuel, que hoje nos ajuda, perdeu a vista no Templo, devido à ação difícil e complicada de um coração machucado, André Digiori. Enquanto ele pagava por seu enceguecimento, seus desmandos, sua infelicidade, nesse mesmo período, entre as décadas de 30 e 40 depois de Jesus, tivemos a formação de um colegiado de companheiros com Jesus, lembram-se? Formou-se o colegiado! Foram os primeiros movimentos de Pentecostes, em Jerusalém. E se um ou outro foi pouco feliz, quem leu a história do cristianismo primitivo nota que eles se doavam uns aos outros! Entenderam? Eles se doavam uns aos outros. Por capricho ou por uma capacidade maior de amar? Não! O que pesou mesmo foi o ideal existente.
De maneira que gostaríamos, neste início de estudo da evolução, de fazer esses registros para vocês ponderarem. Se não for assim, não há progresso. Porque não se evangeliza a massa! A massa é nosso instrumento de crescimento e paciência ao lançar, nessa interação, algumas sementes que estão no capítulo 13 de Mateus: "Eis que o semeador saiu a semear". Semeamos para dentro, no âmago do coração, para produzir o melhor. A sementeira lançada aqui dentro, conscientemente por nós, deve ter um prognóstico: de 30%, 60% e 100%. Entenderam? Agora, a lançada lá fora, Jesus deu preferência em falar à beira do caminho, nos pedregais e nos espinhos primeiro. Não sei se vocês estão entendendo. Porque esse estado, esse território íntimo dos corações dos semelhantes, são territórios ainda muito agrestes, muito, vamos dizer, inférteis para as novas expressões.
(P) – … uma trindade que trabalha…
(H) – Sem dúvida. Porque em grupo, quem já leu o livro da Zenóbia, em Obreiros da Vida Eterna, nota que os protestantes salvaram a pele em grupo, de mãos dadas. Mas nós não temos sabido valorizar, infelizmente, os corações que podem somar. Estamos preocupados e com medo, entristecidos, e entrando em conflito com aqueles que querem se dissociar. Jesus foi muito claro: "O mal não merece comentário", isso é de André Luiz, em tempo algum. E Jesus define…
"Não resistais ao mal". "Una-se ao bem, faça luz". Precisamos ter essa ótica. Porque, no futuro, aqueles que foram podem reclamar que poderiam ter aproveitado melhor a luta com os que ficaram! Não é assim? Temos alguns casos de pessoas que estiveram lado a lado com quem era capaz de reformar o mundo e não aproveitaram por caprichos pessoais, por conceitos traçados na cabeça; e ainda querem lutar contra a correnteza do oceano da vida. E outros, quando esses partem, dizem que poderiam ter aproveitado melhor, não no sentido de espoliar, mas no sentido de somar. Não acontece? Lembro-me com muito carinho de alguns deles, pessoalmente falando. E acham até que, em determinados casos, somos meio exigentes, exploramos. Mas, no fim, para melhorar. E outros que poderiam ter aproveitado melhor. Quem sabe! Não é? Mas a gente vai aprendendo assim, pelas reencarnações.
Estamos trazendo isso, Marlene, e os demais companheiros do Grupo, com muito carinho, porque temos conversado muito sobre isso. Sabem? Na valorização daqueles que estão ao nosso lado! Às vezes, suportamos cargas muito complicadas e irreverentes daqueles que vivem conosco. Mas não é só isso. De nossa parte, também os espoliamos! Somos muito irreverentes e exigentes. Às vezes, fazemos isso. Queremos cobrar coisas que eles não têm condições de oferecer. Então, precisamos analisar. Mas, vamos chegar lá, se Deus quiser!
Vamos ponderar sobre isso porque não fiz aqui uma pregação periférica, religiosa! Porque não adianta ficar penetrando nessa evolução, penetrando, penetrando, e conseguindo manifestar na nossa intimidade apenas uma linha conceitual diferente, mais científica! Isso não vai resolver nada! É preciso utilizar esse mergulho em nós próprios, para verificar com muito carinho e sem perder o chão de nossa vida física e humana, porque temos profissão, temos família, temos atividades que precisamos desenvolver numa sociedade ainda bastante carente, mas temos que levantar nossos recursos.
(P) – Sr. Honório, até o próprio Apocalipse conhece o…
(H) – Sem dúvida. Mostrando as diferenças existentes na soma de potenciais. Quer dizer, o que este Grupo aqui pretende, exige e tem para oferecer é diferente do que o Bezerra lá na Rua Nilo Peçanha tem a oferecer. Concordam? E tem como exigência pessoal. Como Célia Xavier, como Sheilla. Cada grupo tem sua peculiaridade. E por que não? Tem que ter sua responsabilidade diante da evolução e da vida. Este grupo, eu afianço, tem muita coisa a realizar. Porque estamos com a cabeça lá em cima! Mas estamos com as pernas meio enfiadas no pântano. Não fiquem tristes. Está difícil de tirar! Mas vai depender da nossa capacidade firme e resoluta de sair disso. Agora, não vamos culpar o pântano de fora. Vamos culpar o abastecimento que fazemos ao próprio pântano, que é capaz de nos prender cada vez com mais força, impedindo nosso progresso. Não é? Vamos em frente.
Acesse o áudio: https://bit.ly/genesis1ªreuniao
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